terça-feira, 29 de maio de 2012

Lendas e Mitos de


A Princesa Encantada de Jericoacoara


 
 
 
Informações Complementares:


Nomes comuns: Cidade encantada de Jericoacoara, A Princesa encantada do mesmo nome, O Reino Encantado, O Reino de Pedra Bonita.

Origem Provável: A tradição de Jericoacoara é legitimamente portuguesa e a princesa enfeitiçada é uma "moura", esquecida em seu castelo obscuro, guardando ouro, joias, pedrarias, barras de prata, montões de moedas, para o heroi audacioso que resolva lhe "quebrar" o encanto. Em toda a Europa e Ásia, existem relatos muito antigos de vários povos que falam de cidades encantadas, onde moram reis e princesas, outras vezes raças de inteligência superior.

Vinda da Europa, pelos espanhóis, havia a lenda que falava de um lugar maravilhoso que poderia estar oculto nas florestas virgens da América do Sul, onde as pessoas viviam eternamente. Se alimentariam da água da Fonte da Juventude eterna. Também os espanhóis acreditavam existir uma fenomenal cidade subterrânea com tesouros fabulosos, nas montanhas dos Andes, seu nome seria Cibola.

No estado de Pernambuco, na cidade de Serra Talhada, antiga Vila Bela, existe uma lenda parecida que também fala de uma gruta encantada onde mora uma princesa serpente. Outros afirmam que esta gruta, seria na verdade o Reino de Pedra Bonita, que ficava no sítio de Pedra Bonita, na mesma cidade, e onde viveu um povo muito místico e cruel.

Conta a lenda que para manter o reino encantado e oculto das vistas de curiosos, os habitantes locais sacrificavam crianças cujo sangue puro, mantinha sua invisibilidade. Se isto não fosse feito, o reino se desencataria e se tornaria visível. Naquele reino existiria uma fabulosa mina encantada de diamantes.

A Serpente, o animal sem idade, o animal sábio, é a forma preferida pela alta e velha magia árabe. As tradições orientais estão repletas de rainhas e princesas que vivem como grandes cobras, sujeitas a uma penitência cujo fim depende dum gesto humano e cavalheiresco.

Toda Europa conhece a tradição de Melusina, a fada amorosa da casa dos Lusignan. Filha da fada Pressina, Melusina se tornava serpente todos os sábados. Durante uma caçada, Raimondin, filho do conde de Forez, encontrou-a numa floresta do Poitou. Apaixonaram-se e se casaram. Melusina construiu milagrosamente o castelo de Lusignan. Viviam amorosamente. Nasceram oito filhos, fortes e belos mas portadores de anomalias.

Vriam, o primogênito, tinha a face mais larga do que longa e um olho era vermelho e o outro azul. Odon, o segundo, possuía orelhas enormes. Guion, o terceiro, apresentava os olhos colocados desigualmente. A face do quarto filho, Antônio, era marcada por uma garra de leão. Renault, o quinto, parecia um Ciclops, com seu único olho mas enxergava numa distância de vinte e uma léguas. Godofredo, o sexto, orgulhava-se de ter apenas um dente que lhe saía da boca mais de uma polegada. O sétimo tinha um nariz peludo como se fosse uma toupeira. O oitavo, não se sabe o nome, se tornou monge. Este possuía três olhos.

Melusina fizera o marido jurar que não a procuraria ver durante os sábados. Anos depois, tomado pela curiosidade, o fidalgo abriu um furo com a espada na porta do aposento onde a esposa se banhava. Viu-a como uma enorme e horrenda serpente. Gemendo de dor, Melusina desapareceu por uma janela. Nunca mais o marido tornou a vê-la. Fiel ao seu amor, cada vez que o castelo de Lusignan mudava de senhor, ou um dos chefes da família ia morrer, Melusina aparecia no alto das torres do castelo, chorando. Três dias depois voltava para anunciar a visita do anjo da morte.

Vê-se claramente, pelo exposto, porque a princesa de Jericoacoara ainda espera pelo seu Salvador, um homem sem medo e sem mácula, armado apenas de coragem e transbordando de amor.

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