sexta-feira, 31 de maio de 2013

PRINCESA ENCANTADA DE JERICOACOARA


Na cidade de Jericoacoara, no Ceará, diz a lenda que, debaixo do morro do farol local, existe uma linda princesa encantada, morando numa gruta, cheia de riquezas. Só se desencantará se alguém for sacrificado. A Princesa está transformada numa serpente, com a cabeça e os pés femininos. Faz-se uma cruz com o sangue humano no dorso da cobra. E ela voltará à forma humana para sempre.
Perto da praia, quando a maré está baixa, há uma furna onde só se pode entrar agachado. Esta furna de fato existe. Só se pode entrar pela boca da caverna, mas não se pode percorrê-la, porque, está bloqueada por um enorme portão de ferro.


A cidade encantada e a princesa estariam além daquele portão. A encantadora princesa está transformada, por magia, numa serpente de escamas de ouro, só tendo a cabeça e os pés de mulher.
De acordo com a lenda, ela só pode ser desencantada com sangue humano. Assim, no dia em que alguém for sacrificado junto do portão, abrir-se-á a entrada para um reino maravilhoso. Com o sangue será feita uma cruz no dorso da serpente, e então surgirá a princesa com toda sua beleza, cercada de tesouros inimagináveis, e a cidade com suas torres douradas, finalmente poderá ser vista. Então, o felizardo responsável pelo desencantamento, poderá casar com a princesa cuja beleza é sem igual nesse mundo.
Mas, como até hoje não apareceu ninguém disposto a quebrar esse encanto, a princesa, metade mulher, metade serpente, com seus tesouros e sua cidade encantada, continuam na gruta a espera desse “herói”.
Essas princesas-serpentinas são comuns no folclore nortista. Mário Melo fala da furna da Serra Talhada, em Vila Bela, Pernambuco, morada duma princesa, semelhante a esta.
Princesas tornadas serpentes são vestígios do ciclo das Mouras na península ibérica. Em Portugal quase a totalidade das Mouras Encantadas vive sob a forma de serpentes. Nas noites de São João ou Natal, antes da meia-noite, voltam à forma humana, tornadas mulheres lindas, cantam, penteando-se com pentes de ouro. Ao seu lado pode-se ver a pele de serpente à espera do corpo para a continuação da maldição. O ferimento, mesmo diminuto, bastando apenas que derrame sangue, quebra o encanto. Aqui a lenda se assemelha com o mito da Cobra Norato, do Pará.

terça-feira, 28 de maio de 2013

A história do Crochê

A história do crochê



Difícil estabelecer uma cronologia para o ‘advento’ do crochê. O nome desta arte  é derivada da palavra francesa “crochet”, e  significa gancho.

Se compararmos as informações que temos sobre o tricô com o crochê, podemos dizer que o  crochê é ‘muito mais jovem’ pois não existem relatos desta arte antes da era cristã.
Alguns acreditam que o crochê se originou na Arábia e se espalhou  para o leste chegando até o Tibete, seguindo também para o oeste em direção à Espanha,  por conta das rotas comerciais dos países árabes rumo aos países do Mediterrâneo.
Há também a teoria de que teria se originado na América do Sul onde uma tribo primitiva usava adornos de crochê em rituais de passagem para puberdade.
A China também aparece como um dos prováveis locais de ‘origem’  do crochê já que foram descobertas em sítios arquelógicos  bonecas tecidas de maneira muito parecidas com o crochê que conhecemos hoje.
Enfim, não há nenhuma evidência concreta da origem ou  idade desta arte.
Segundo uma especialista em crochê, a norte americana  Annie Potter,  o crochê como conhecemos hoje é uma variação de um tipo de ‘bordado ou renda’  chamado Tambour (renda feita por uma rede fina (tipo tule)  esticada  num bastidor e preenchida formando desenhos,  usando o ponto de cadeia e um gancho puxa-se o fio através da trama). Durante o século 16 este tipo de trabalho começou a ser difundido na França  por freiras que eram professoras de artes, e que ensinam a fazer esta renda delicada.
Exemplo de Renda tipo Tambour de Lier na Bélgica
Durante o Renascimento, o crochê foi considerado  um passatempo das classes sociais abastadas. Mulheres se reuniam  para crochetar peças luxuosas que imitavam renda Tambour para serem usadas como adornos de roupas ou na decoração.
Aos pobres restava fazer tricô como forma de gerar renda ou para seu próprio consumo ( no caso da confecção de meias).
Pouco sabemos sobre a evolução do crochê até os idos de 1800.
A mais antiga referência escrita sobre o crochê parece ser uma menção a algo chamado de “pastor tricotando” em ‘The Memoirs of a Lady Highland‘ escrito por Elizabeth Grant em 1812.
As primeiras receitas ou representações gráficas publicadas datam de 1824 e aparecem numa revista holandesa chamada  Penelope.
Em 1842  Eleanor Riego de la Branchardiere  começou a publicar na Inglaterra receitas e gráficos complexos para crochê que se assemelhavam à renda de bilro e a outras rendas com agulhas.
A origem do Crochê Irlandes.
Durante a Grande Fome Irlandesa que dizimou a população entre 1845-1849, as freiras Ursulinas começaram a ensinar  mulheres e crianças como fazer renda, com delicadíssimos fios de linho e algodão, como forma de geração de renda e minimizar  o sofrimento da fome. Os trabalhos primorosos e de grande valor artísitico eram vendidos parta o continente europeu e para a América.
Nasceu daí um estilo primoroso do crochê conhecido hoje como crochê irlandês ou renda irlandesa.
Trabalho em renda irlandesa do século 19
A indústria artesanal em todo o mundo começou a se desenvolver em torno do crochê, especialmente na Irlanda e na França porque rendas como a irlandesa e a renda de bilro eram para uns poucos abastados e consequentemente inacessíveis às classes menos favorecidas. A partir da vontade de se usar ‘o que os ricos usavam’ começa-se a ‘copiar’ no crochê aquilo que aparecia nas receitas elaboradas de ‘rendas de luxo’.
O reconhecimento do crochê como manifestação artística
Depois que a rainha Vitória aprendeu a fazer crochê, parte do estigma de que ‘crochê era coisa para pobre’ acabou e o crochê evoluiu como uma forma de expressão artística.
Com o final da ‘era vitoriana’ em 1890 as rendas de crochê tornam-se ainda mais elaboradas. As cores fortes desapareceram dando lugar aos tons claros e brancos.
O  Século 20
Após a Primeira Guerra Mundial, houve um declínio na publicação de receitas e na sua maioria elas eram bem mais simples do que aquelas publicadas no início do século. Após a Segunda Guerra Mundial, a partir do final dos anos 40 até início dos anos 60, houve um ressurgimento do interesse em artesanato principalmente nos Estados Unidos, onde aconteceu uma verdadeira ‘revolução’ nas receitas. Surgem receitas com projetos de toalhas coloridas, pegadores de panela, mantas e outros acessórios para casa. Começa-se a usar fios mais grossos e consequentemente as agulhas também evoluem.
Capa de uma publicação da década de 50

A partir da década de 70 a ‘nova’ geração redescobriu uma série de motivos de crochê tais como os quadradinhos’ que viraram febre junto ao ‘geração’ paz e amor.
Revista de crochê da década de 70
1980 a 1990
Assim como para o tricô, o crochê não teve vez durante os anos 80 a 90.  Podemos até falar que esta  foi a década ‘pobre’ para as artes manuais e domésticas, porque afinal ‘a mulher emancipada trabalhava fora e não tinha tempo para banalidades ou manualidades.’

2000 – 2010 
A primeira década deste século trouxe um ressurgimento do crochê na moda, como visto muitas vezes nas passarelas. Ao longo de uma década sempre nos deparamos com peças artesanais nos desfiles mais concorridos.

Ora aparecem versões Hippie-chic, ora peças inteiras de patchwork em crochê. Tecidos ornamentados por flores , rendas delicadas com fios luxuosos.
Modelo Hippie-Chic
Grandes estilistas como Dior apresentaram modelos em crochê nas últimas coleções

Desfile Dior para a primavera 2011.
Enfim, assim como o tricô, o crochê também tem os seus altos e baixos, mas tudo indica que vai permanecer em alta por muito tempo.
Não falamos aqui de outros tipos de crochê como o crochê tunisiano ou crochê de grampo mas não faltarão oportunidades.
Boas escolhas do crochê by Eliane Vasconcelos, uma produção de Halleyturismo.


sábado, 25 de maio de 2013

FESTIVAL CHORO E JAZZ JERICOACOARA 2013






Arley Ribeiro e o mestre Hermeto Paschoal em 2010

Primeiramente queria agradecer a Capucho Produções pela iniciativa do evento, que a meu ver se torna o evento mais importante no cronograma de eventos da paradisíaca Jericoacoara, acompanho o evento desde 2009 em sua primeira edição e não é difícil notar a evolução do mesmo, tenho o prazer em fotografar os músicos que ali se apresentam, o público que prestigia o evento  recebe um presente a cada apresentação, pois geralmente são músicos extramente talentosos e conhecidos da cena internacional.

Como dica de hospedagem deixo o link abaixo: 
http://www.booking.com/hotel/br/casa-stael.html

Alguns clics by Arley Ribeiro deste lindo evento cultural de Jericoacoara...


Yamandú Costa










matéria retirada do Jornal Diário do Nordeste vide link:
http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=1271057

Aos sábados, em Jericoacoara, o Bandão Choro Jazz vai à praça principal no final da tarde e solta repertório instrumental de jazz e música brasileira. São os alunos da escola inaugurada pelo Festival Choro Jazz, que ao longo do ano, dão o gostinho da mostra. Em dezembro, por uma semana, a cidade de Jijoca será o ponto de chegada de grandes instrumentistas, inseridos no circuito internacional de música. Todos de pé na areia e instrumento em punho.

O cantor João Bosco é um dos nomes confirmados no evento deste ano

Para o fim deste ano, parte dos convidados já está definida: Renato Borghetti Quarteto, Alegre Corrêa, Maestro Laércio de Freitas, Louise Wolley Septeto (SP), Nonato Luiz, Túlio Mourão, Gilson Peranzetta e Mauro Senise, o trompetista de Nova Orleans Terrence Blanchard, a cavaquinista Luciana Rabelo e o mestre João Bosco. O festival homenageará o compositor e pianista Ernesto Nazareth, um dos precursores do choro, que teria completado 150 anos em março. As datas também já saíram: Fortaleza, de 28 a 30 de novembro, e Jericoacoara, de 3 a 8 dezembro.

"A minha ideia foi chamar um grande pianista brasileiro e juntá-lo com uma orquestra do Ceará para a homenagem. E que fizessem uma peça inédita para Ernesto Nazareth", adianta Capucho, coordenador do festival. O pianista escolhido foi Laércio de Freitas, músico que acompanhou por muitos anos o sexteto de Radamés Gnattali, outra referência da música brasileira. A orquestra ainda não foi confirmada.

Ainda do lado brasileiro da programação, João Bosco é um dos presentes da edição. Ele estará em Jeri durante toda a mostra, como espectador, e sobe ao palco com show de encerramento. "João Bosco era um sonho que eu tinha já há três anos. Ele topou vir e o mais legal, disse que queria assistir um pouco o festival", comemora Capucho. O clima em Jericoacoara durante o Choro Jazz, lembra, é sempre desse convívio entre os músicos, com o público, da maneira mais informal possível, na beira da praia, ou nas festas organizadas pela produção.

"Lá não é um festival de entretenimento, é um festival de cultura. Tem aquela comida maravilhosa em qualquer lugar, tem a praia, o clima, você respira música. Todo mundo fica ali. Ano passado, o Gabriele Mirabassi (clarinetista italiano) falou, ´Capucho, parecia um sonho, eu olhava, estava do lado do Cristóvão Bastos, do Duo Assad, do Guinga, isso não existe em lugar nenhum´", ilustra.

Outra participação inédita será a de Terrence Branchard. Ano passado, apesar da participação de nomes como Raul de Souza, segundo o coordenador, houve quem reclamasse que estava faltando jazz. Muitas das atrações seguiam a linha do instrumental brasileiro, do choro, ou mesmo a canção, cantada. "O festival choro jazz é mais um nome, um fio condutor. O importante é saber que existe qualidade. Procuro sempre dar prioridade a música brasileira, que é muito pouco divulgada e são os verdadeiros clássicos que a gente tem. Mas para não ter reclamação, fui buscar um jazzista americano lá do berço, de ´New Orleans´ para vir quebrar tudo", brinca.

Agenda
A antecipação da programação em mais de seis meses, explica Capucho, é uma exigência de produção dos artistas, em especial, dos instrumentistas internacionais que vem ao festival. Para garantir a presença, ele adianta a seleção. Outro ponto, é a parceria do Jeri Choro Jazz com o Brazil Camp, festival dedicado à música brasileira realizado em agosto, na Califórnia. "Eu anuncio a programação lá, exibo um vídeo sobre o nosso festival. E ele vem todo ano para Jeri. Tanto o presidente, como estudantes de música, que participam das nossas oficinas e aproveitam a programação", reforça.

A programação pode sofrer alterações, diz Capucho, devido a dificuldade em captar patrocínios este ano. Algumas empresas, explica, estão muito focadas em eventos esportivos, em virtude da Copa do mundo e acabam esquecendo que a cultura faz parte do contexto. "O que você vai proporcionar para o turista que vem? Só o futebol? Não, os caras querem conhecer outras coisas. Futebol já tem grandes empresas patrocinando. Eles tem que cercar com coisas que agreguem valor além das competições", recomenda.

O momento do festival, avalia, apesar dos contratempo de produção, é bom. Desde o ano passado fazem parte do Fórum Europeu de Festivais, inseridos em um circuito internacional; e este ano foram convidados para o festival de Barbados, no Caribe, com o qual está sendo estudado um programa de intercâmbio com a escola de Jericoacoara.

"A nossa programação está 90% fechada. Mas, como no choro e no jazz existe muito improviso, eu sigo na mesma linha. De repente, vamos ter uma boa surpresa ainda até lá", deixa no ar.

Mais informações:Festival Choro Jazz. Em Fortaleza, de 28 a 30 de novembro, e em Jericoacoara, de 3 a 8 dezembro.
Contato: www.chorojazz.com




quarta-feira, 22 de maio de 2013

Casa Stael Jericoacoara





http://www.booking.com/hotel/br/casa-stael.html



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